Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Foto: Paulo Veiga/G1
O réveillon em Cabo Frio foi marcado pela decepção e pelo medo. Os empresários dos meios de hospedagem, da cidade viram a capacidade dos hotéis e pousadas ser reduzida pela metade, mesmo assim, presenciaram uma multidão ocupar as ruas e a orla sem respeitar os protocolos de prevenção ao novo coronavírus. O uso de máscara e o distanciamento social, também determinados pelo mesmo decreto que reduziu a 50% o limite de ocupação dos hotéis e pousadas, foram solenemente ignorados.
O movimento foi prejudicado não só pela redução da capacidade, mas também pelo medo de lockdown na cidade como ocorreu com Búzios. O setor teve que reduzir valores de diárias e o número de dias dos pacotes para garantir movimento.
Quem optou por passar o réveillon em Cabo Frio, num hotel ou pousada, dificilmente volta. A gerente do Hotel Malibu, Mere Tomaz, revelou que hóspedes do hotel ficaram com medo de sair as ruas. Não é pra menos, ela mesmo classificou o cenário em frente ao hotel durante o réveillon como a pior paisagem turística de Cabo Frio. O hotel foi sitiado pelo que ela chamou de “rave descontrolada”. Mere não tem dúvida: Cabo Frio pareceu uma cidade sem lei e imune ao coronavírus.
Ela defendeu a união entre empresários do setor, poder público e comércio para melhorar a qualidade do turismo na cidade, mas lembrou que é preciso que todos tenham a responsabilidade de cumprir os protocolos sanitários contra a propagação da COVID. Os meios de hospedagem não podem continuar pagando a conta enquanto o comércio está cheio e os ônibus circulando lotados.